segunda-feira, 28 de junho de 2010
Bohemian Rhapsody - LEGO
sábado, 26 de junho de 2010
Pensar é coisa muito perigosa...
Rubem Alves cita uma lista de pessoas que do seu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para sua alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakóvski. E logo se assusta. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado a bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakóvski suicidou-se.
Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem-unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou faça algo inesperado... Pensar é uma coisa muito perigosa.
Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso.
E por fim, Rubem Alves oferece uma receita que garantirá, àqueles que seguirem-na à risca, saúde mental até o fim dos seus dias.
...Evite as coisas belas e comoventes... Cuidado com a música, Brahms e Mahler são especialmente contra-indicados. Já o Rock pode ser tomado à vontade. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do Doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software (nossa mente) pensara sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.
As melhores crônicas de Rubem Alves - Pg. 22 - Saúde Mental
quarta-feira, 23 de junho de 2010
O correr da vida
O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.
Guimarães Rosa
terça-feira, 22 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
Ninguém me canta como você
Ninguém me canta como você
ninguém me encanta como você
nem me vê do jeito que só você
de que adianta ter olhos
e não saber ver
ter voz mas não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
ninguém diz
ninguém vê
ninguém faz
como você
ninguém me canta
ninguém me encanta
como você
Obs. Neste dia em que o romantismo está no ar, e, a emoção está a flor da pele, nada mais gostoso do que estar ao seu lado, meu namorado, Carlos Eduardo.
O poema é de Alice Ruiz, mas o namorado é meu!
Imagem: weheartit
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Gula
#
gargalhadas
e levezas
do pensar em nada
e tudo
ao mesmo tempo
de ter tempo
pra tudo e nada
me invadir
Tenho fome
dos teus olhos
colo
corpo quente
peito nu
mãos
fome de paixão
Tenho gula
sem pecado
sem ferir, sofrer
Tenho a gula
louca
de viver
Poema de: Isabel Machado
Imagem: 1000 imagens
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Amigo é um sorriso de boca em boca
Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!
Imagem: weheartit.com
segunda-feira, 7 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Somos todos velhos amigos - Jacqes Custeau
O sistema de duplas, permite que os mergulhadores trabalhem em colaboração para colocar e verificar os equipamentos antes do mergulho. E durante o mergulho, juntos, controlam profundidade, tempo, limite do ar, e, na improvável hipótese de uma emergência, o seu parceiro estará ao seu lado para fornecer a ajuda necessária.
Jacqes Cousteau em um trecho da Carta aos Mergulhadores, escreveu:
Quando vamos até o fundo do mar, descobrimos que ali jamais poderíamos viver sozinhos. Então levamos mais alguém. E esta pessoa, chamada de dupla, companheiro ou simplesmente amigo, passa a ser importante para nós. Porque, além de poder salvar nossa vida, passa a compartilhar tudo que vemos e sentimos. E em duplas, passamos a ter equipes, e estas passam a ser cada vez maiores e mais unidas. E assim entendemos que somos todos velhos amigos mesmo que não nos conheçamos. E esse elo que nos une é maior que todos os outros que já encontramos. E isso faz com que nós mais do que amigos, sejamos irmãos. Faz de nós, mergulhadores.