terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Hoje eu preciso



Hoje, preciso de um poema, mais do que nunca.
Que ele seja vitaminado, ...
tufão e ventania, clarão e meio-dia, açúcar e flor-de-maçã.

Que ele traga o cheiro de manhã molhada, as virilhas úmidas, o sangue em brasa.
Que lambuze com rimas minha casa, as veias, a pele, este coração inoperante.

 Hoje, preciso mais do que nunca de um poema
de boca molhada e verso latejante.”

(Flora Figueiredo)

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