domingo, 31 de julho de 2011

Limón y sal



Tengo que confesar que a veces
no me gusta tu forma de ser
luego te me desapareces
y no entiendo muy bien por qué

No dices nada romántico
cuando llega el atardecer
te pones de un humor extraño
con cada luna llena al mes

Pero a todo lo demás
le gana lo bueno que me das
solo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Yo te quiero con limón y sal,
yo te quiero tal y como estás,
no hace falta cambiarte nada.
Yo te quiero si vienes o si vas,
si subes y si bajas y no estás
seguro de lo que sientes

Tengo que confesarte ahora
nunca creí en la felicidad
a veces algo se le parece
pero es pura casualidad

Luego me vengo a encontrar
con tus ojos me dan algo más
sólo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Yo te quiero con limón y sal,
yo te quiero tal y como estás,
no hace falta cambiarte nada.
Yo te quiero si vienes o si vas,
si subes y si bajas y no estás
seguro de lo que sientes

Sólo tenerte cerca
siento que vuelvo a empezar

Julieta Venegas

Composição: Julieta Venegas

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Poesia ao alcance de todos - Agustina Woodgate

Agustina Woodgat é artista e no vídeo nos mostra seu projeto para o O, Miami poesia festival. Ousada e divertida, Agustina costura tags com poemas de Sylvia Plath e Li Po em casacos, calças, vestidos, nas prateleiras dos brechós que encontra pelos Estados Unidos. 
 
“Os lugares e os objetos estão vivos, nós o fazemos vivos. Costurar poemas em roupas é como dar voz às peças, é uma forma de trazer a poesia para a vida cotidiana. As vezes, pequenos detalhes são mais fortes quando nos surpreendem". (A W)


life is a huge dream why work so hard
"a vida é um grande sonho por que trabalhar tanto" (Li Po)





domingo, 24 de julho de 2011

O que seremos nós???




Às vezes tenho idéias felizes,
Idéias subitamente felizes, em idéias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...

Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto? Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?...



Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

quinta-feira, 21 de julho de 2011

É na escuta que o amor começa




O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranqüila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina.



Rubem Alves
In: O amor que acende a lua

terça-feira, 19 de julho de 2011

Coisa tua


agora não tem mais jeito,
carrego você no peito
poema na camiseta
com a tua assinatura
já nem sei se é você mesmo
ou se sou eu que virei alguma coisa tua





Alice Ruiz

domingo, 17 de julho de 2011

Gotinhas de humor - Meu pé meu querido pé

Ratinho tomando banho - Castelo Rá Tim Bum

Tchau preguiça
Tchau sujeira
Adeus cheirinho de suor
Oh...
Lava lava lava
Lava lava lava
Uma orelha uma orelha
Outra orelha outra orelha
Lava lava lava lava lava
Lava a testa, a bochecha,
Lava o queixo
Lava a coxa
E lava até...
Meu pé
Meu querido pé
Que me agüenta o dia inteiro
Oh Oh
E o meu nariz
Meu pescoço
Meu tórax
O meu bumbum
E também o fazedor de xixi
Oh...
La la
Laia laia la
Laia la la la
Laia la
La la la la la
Hum... Ainda não acabou não
Vem cá vem... vem
Uma enxugadinha aqui
Uma coçadinha ali
Faz a volta e põe a roupa de paxá
Ahh!
Banho é bom
Banho é bom
Banho é muito bom
Agora acabou!

Composição: Helio Zinskind

sábado, 16 de julho de 2011

Tem palavra



tem palavra
que não é de dizer
nem por bem
nem por mal
tem palavra
que não se conta
nem prum animal
tem palavra
louca pra ser dita
feia bonita
e não se fala
tem palavra
pra quem não diz
pra quem não cala
pra quem tem palavra
tem palavra
que a gente tem
e na hora H
falta


Alice Ruiz

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Livros, livros...




O livro é a casa
onde se descansa
do mundo

O livro é a casa
do tempo
é a casa de tudo

Mar e rio
no mesmo fio
água doce e salgada

O livro é onde
a gente se esconde
em gruta encantada




Roseana Murray

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Olhai os lírios do campo



Precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.


terça-feira, 12 de julho de 2011

Delicados desejos



Que todo mundo tenha um amor quentinho. Descanso pro complicado do mundo.
Surpresa pra rotina dos dias.
A quem esperar.
De quem sentir saudades.
Um nome entre todos.
O verso mais bonito.
A música que não se esquece.
O par pra toda dança.
Por quem acordar.
Com quem sonhar antes de dormir.
Uma mão pra segurar.. Um ombro pra deitar... Um abraço pra morar..
Um tema pra toda história.
Uma certeza pra toda dúvida.
janela acesa em noite escura.
cais onde aportar.
Bonança, depois da tempestade.
Uma vida costurada na sua, com o fio comprido do tempo.
Agora... Se depois dos desejos acima,  você também desejar ter "Um amor feinho", leia o belíssimo poema da Adélia Prado:


Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro,
doido por sexo e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca, da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
Eu quero amor feinho.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Receita contra dor de amor

 


Chore um mar inteiro com todos os seus barcos a vela.
Chore o céu e as suas estrelas os seus mistérios e o
seu silêncio.
Chore um equilibrista caminhando sobre a face de um poema.
Chore o sol e a lua a chuva e o vento para que uma nova
semente entre pela janela a dentro.


Roseana Murray

domingo, 10 de julho de 2011

Espalha palavras doces


Sonha acordada e faz planos mirabolantes.
Inventa novas cores pra enfeitar o desenho,
que é sempre dos mais bonitos.
Espalha palavras doces pelo caminho e
espera que as letras sejam devoradas.
E são. Sempre são.
Os corações têm fome de afeto.


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ai ai... É fogo que arde sem se ver



Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer

É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É nunca contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?




Luís Vaz de Camões


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