segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Os 10 direitos do leitor



Daniel Pennac, escritor Frances, autor do livro “Como um romance”, lança um manifesto contra a obrigação de ler. Acredita que, se houvesse alguma liberdade no ato de ler, mais estudantes desenvolveriam o gosto pela leitura.

Os 10 direitos do leitor são:

1. O direito de não ler.
2. O direito de pular páginas.
3. O direito de não ler um livro inteiro, até o final de capa a capa.
4. O direito de reler , quantas vezes quiser.
5. O direito de ler qualquer coisa, não importa o quê.
6. O direito de acreditar nos livros, a quem sabe até ao bovarismo*, uma doença "textualmente transmissível".
7. O direito de ler em qualquer lugar, não importa onde.
8. O direito de ler uma frase aqui e outra ali, pulando de livro em livro.
9. O direito de ler em voz alta e de contar histórias.
10. O direito de não falar do que leu.


Bovarismo
s. m. (fr. bovarysme; ing. bovarism). Tendência patológica para se idealizar, para se identificar com uma personagem que se admira ou que se inveja a qualquer título (pela sua fortuna, pela sua importância, pela sua posição social, etc.). Ling.: Segundo Madame Bovary, romance de Gustave Flaubert.


O homem constrói casas porque está vivo, mas escreve livros porque se sabe mortal. Ele vive em grupo porque é gregário, mas lê porque se sabe só. Esta leitura é para ele uma companhia que não ocupa o lugar de qualquer outra, mas nenhuma outra companhia saberia substituir... Nossas razões para ler são tão estranhas quanto nossas razões para viver. E a ninguém é dado o poder para pedir contas dessa intimidade.
Daniel Pennac


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