domingo, 14 de setembro de 2014

Nas profundezas...



 Nas profundezas de minhas paixões sinceras,
Onde não existe o ecoar das palavras,
Mora a minha força mais bruta,
Cada vez que me abala a dúvida,
Com os poros em descompasso,
Eu sei que ela esta viva.
Devo dizer que estou livre apenas onde não há palavras.
Devo dizer que aperto, eu mesma, minhas amarras,
Cada vez que explico o que dizem os meus olhos,
Cada vez que corro para longe de mim,
Cada vez que falam mais alto os contratos.
E eu sou uma selva,
Sou a mesma mata serena
Que amedronta ao cantar da lua,
Sou uma deusa plena que tem medo de ser nua.
Estou procurando velas para não estar sem trilha
E apago com paixão velas e brasas,
Para não deixar de ser selva,
Nunca.



Aline Binns

domingo, 7 de setembro de 2014

Fortifiquei com lágrimas


Enchi a mão com a água das lágrimas,
Não para bebê-las ou para lavar com água derramada os olhos
Reguei a terra dos meus pés,
Fortifiquei com lágrimas que não quero derramar nunca mais,
As raízes, meu saber e meu sentir.



Raizes
Aline Binns

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Não quero muitas e nem poucas palavras




Não quero muitas
E nem poucas palavras.
Não quero definições
E nem quero sentenças.
Quero apenas caminhar com sede
E ouvir-me silenciosamente,
Enquanto atravesso essa vida em tumulto,
Esse alarde,
Essa insana busca de tudo,
Para o nada que preciso.


Aline Binns
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