sábado, 15 de maio de 2010

Casas que emburrecem


Quando eu estava grávida, no dia em que fui fazer minha primeira ultrassom, o consultório médico ficava próximo a igreja matriz, e havia uma feira de livros infantis na pracinha da igreja. Pois bem, meu primeiro presente ao meu bebê foi um livrinho de pano. Minha maior contribuição para a educação do meu filho foi ter mostrado a ele meu amor pelos livros. E mais tarde, quando ele compartilhava comigo suas aulas de literatura, ensinou-me a admirar a beleza da poesia.
Desde muito pequeno eu costumava levá-lo a minha livraria preferida e a cada visita ficavamos um tempo considerável folheando livros e mais livros, e eu ficava observando encantada aquele "toquinho de gente" sentadinho na mesinha com cadeiras próprias para grandes leitores de sua idade.

E tal como Rubem Alves incentiva em sua crônica Casas que Emburrecem, nossa casa era um verdadeiro laboratório para as descobertas do nosso filhote.

"... há casas que emburrecem e há casas onde a inteligência pode florescer.
Os livros precisam estar ao alcance das mãos. Em todo lugar. Na sala, no banheiro, na cozinha, no quarto. Muito útil é uma pequena estante na frente da privada, com livros de leitura rápida. É preciso que as crianças e os jovens aprendam que livros são mundos pelos quais se fazem excursões deliciosas. Claro! Para isso é preciso que haja guias!"

Tenho a certeza de que fizemos de nossa casa um espaço fascinante para nosso pequenino, e hoje orgulho-me de vê-lo tornando-se um homem admirável.

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2 comentários:

Solange Maia disse...

sensacional... procuro ter a casa assim, sempre cheia de livros...

e : ao alcance...

beijos

PAKI disse...

Que maravilha querida Elayne, também tenho essa experiência na minha casa. A poesia, a música, as artes plásticas, a busca espiritual e a liberação do ser compõem nossa casa. Isso é o maior bem que podemos deixar aos nossos filhos. Transformar nosso lar num espaço criativo. Bjs

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