Para deixar claro nosso direiro de posse de uma pessoa ou coisa, nós nos encostamos nela. Tocar a propriedade a transforma numa extensão do nosso corpo. É assim que mostramos aos outros que aquilo nos pertence. Namorados se dão as mãos e se abraçam em público para mostrar à concorrência que têm direito àquela pessoa. A mulher espana fiapos imaginários do ombro do marido para dizer às outras que ele já tem dona.
A pessoa que discorda das opiniões ou atitudes de outra, mas não quer se manifestar, tende a fazer deslocamentos gestuais, isto é, usar signos de linguagem corporal aparentemente inocentes que revelam a existência de uma opinião não expressa. Catar fiapos imaginários da própria roupa é um deles. O catador de fiapos geralmente olha para baixo ou para o lado enquanto executa sua ação aparentemente menor e irrelevante, que é em geral um sinal de discordância e insatisfação de estar concordando com tudo.
Desvendando os segredos da linguagem corporal / Allan e Barbara Pease - pag. 213 e 158.
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3 comentários:
Elayne. Bem legal esta comparação. O seu blog está com postagens de alto nível criativo. Cada vez melhor, amiga.
Tem selino de Natal para você em meu blog. Beijos.
Pois é amiga. O apego é a maior causa de sofrimentos. E o delírio de que existe um fiapo onde não há então.....Enfim, somos humanos. Bjs
Vivemos catando fiapos... O sobrenome dos catadores de fiapos é o egoísmo. Infelizmente presente em todos nós...
Adorei esse texto.
Um beijo
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